domingo, 28 de junho de 2009

seja feita vossa vontade...

escape from the town for the little while

Você me desnorteia, me deixa sem chão, você faz as minhas pernas tremerem só pela ideia de te ver...
Meu dia se enche de sentido só de estar ao seu lado. Eu tenho mais vontade de viver só pra poder segurar sua mão, porque
Você me torna real...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

tic tac

Sempre quando acordava, ás seis horas da manhã, olhava para a janela e via meu vizinho com o seu alongamento matinal.
Os mesmos alongamentos cronometrados igualmente e aquela roupa brega diariamente.
Quando ele terminava de se alongar sempre saia com o pé direito e sempre voltava religiosamente uma hora depois, sendo seu ultimo passo ao entrar na calçada com o pé esquerdo.
Meu vizinho não era casado, também quem iria agüentar alguém tão sistemático? Lembro-me de já ter visto um gato naquela casa, mas acho que ele deve ter-lo expulsado por não usar a caixinha de areia nas horas certas.
Toda aquela esquisitice se tornou minha diversão matinal. Não tinha uma manhã que não saia fora do padrão. Era fantástico! De certo que havia um relógio em sua cabeça ao invés de pensamentos.
Em uma manhã como em outra qualquer ele ia para a rua quando saiu com o pé esquerdo. E foi como se nada tivesse acontecido a sua estranha rotina.
Pensei então que ele tivesse se apaixonado.
Uma hora depois ele não voltou, duas horas depois ele não voltou e sim um carro de polícia.
Meu vizinho morreu atropelado, acho que foi porque o relógio dele deve ter parado.
Olhei tanto para o relógio que aprendi a coreografia dos ponteiros. Sei cada movimento de cor: o frenético balé da mudança de segundos, a lenta transformação do primeiro minuto em último, os ângulos perfeitos das horas quebradas. Dou corda no relógio e ele dá vida a mim. Danço conforme o ritmo. E a música que ouço sussurra tique taque tique taque tique taque...
(CassianoRodka)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Eu só sou alguém procurando meu caminho em direção a luz...quem sabe lá eu não encontro você?
Porque o passado não existe mais, e eu quero ser capaz de marchar pela paz...